Qual é a sensação quando a bola entra no gol do seu time? Difícil descrever esse sentimento. Coração explode, você levanta, grita, abraça desconhecidos, bebida da sua mão voa….

Você olha feliz para o placar de gols e pensa: “Dois a um para o meu time. Está na hora de acabar essa partida”. Apenas aqueles números importam naquele momento. Aquele um gol de diferença é tudo que você acredita. E parece que apenas isso existe.

Poucos torcedores se dão conta de que futebol vai muito além do placar de gols. Menos ainda percebem que, na verdade, o esporte é matemático.

O quê?

Pois é.

Futebol, assim como outros esportes, não é apenas correr, nadar, pedalar, marcar ponto, fazer cesta ou jogar. Futebol é química, física, biologia, sociologia e… matemática. Acredite: Existe ciência por detrás de cada gota de suor.

Aqui nesse post, vamos falar sobre futebol e matemática. Mesmo que você não entenda nada de números, aqui está a oportunidade de enxergar o futebol além do saldo de gols. E veja que além dos 11 jogadores, a ciência entra em campo a cada jogo.

A matemática está em tudo no futebol

Vamos mostrar na prática como a matemática está em tudo no futebol. Pense em uma defesa de pênalti. Um gol oficial mede 7.32 metros de largura e 2.44 metros de altura. Ou seja, 17,86m² de área total.

Manuel Neuer, goleiro campeão do mundo pela Alemanha, mede 1,93. Com essa altura, para chegar ao lado oposto da baliza, o jogador levaria em média 0.7 segundo.

A partir de um pênalti, a 11 metros de gol, a bola pode chegar ao gol em menos de 0.5 segundo. Ou seja, os goleiros precisam escolher um canto, antecipar-se ao cobrador e pular antes da bola ser chutada. Senão, menor chance. É matemático.

Em dúvida? Dá uma olhadinha no vídeo do Diego Alves, goleiro do Valencia-ESP. Preste atenção em como ele salta antes do jogador chutar.

Dribles, cobranças de falta, passes, bola no ângulo, organização, questões técnico-táticas… A matemática está no dia a dia do futebol.

É muito mais do que apenas o saldo de gols

E não estamos falando apenas dos aspectos considerados físicos e fisiológicos do jogo. Estamos considerando questões de organização ou técnico-táticas. Até dosar a carga de treino e as substituições de jogadores tem uma base numérica.

A matemática explica muita coisa, inclusive, o resultado de jogos por meio das análises de dados performáticos. E cada dia que passa, essa ciência anda ganhando espaço dentro desse jogo.

Demorou um pouco, na verdade. Nos Estados Unidos, por exemplo, as estatísticas são utilizadas pelos treinadores para escalar um time. No futebol americano e no beisebol,  existe um grande estudo sobre as estatísticas de cada atleta em cada jogada para organizar a estratégia nos próximos jogos.

As estatísticas estão na memória e na cultura dos Estados Unidos. As pessoas enxergam o futebol quase como uma prática empírica, afastada de qualquer variabilidade apaixonante.

Mas aqui no Brasil, as coisas estão começando ainda. Somos muito emotivos!

Como a matemática explica o futebol

A matemática sozinha não ganha nada. Mas a análise de dados coletados por monitoramento através do GPS, sim. É uma forma de controlar e individualizar os treinamentos.

A análise de dados no futebol gera uma infinidade de estatísticas em estado bruto. Existem especialistas que analisam absolutamente CADA detalhe de um jogo de futebol.

Desde os dados mais clássicos – como gols, passes certos ou cartões – aos mais elaborados como percentual de finalizações que terminam em gol e a distância que partem os chutes.

Ou até que ponto um jogador realmente depende das assistências dos seus parceiros de time para conseguir marcar.

Pois é, caro leitor. A matemática explica o futebol. E a análise de dados é o futuro do futebol. O Big Data alcançou os campos para revolucionar as decisões tomadas pelos treinadores no mundo todo.

E o movimento está chegando ao Brasil. Os times estão criando Departamentos de Análise e Desempenho e Centros de Inteligência, como  Fluminense, por exemplo, que tem oito pessoas trabalhando na área.

Enfim, como diria Dadá Maravilha, “Não existe gol feio. Feio é não fazer gol”. Mas a análise de dados no futebol discorda disso. Afinal, cada toque na bola é crucial na formação das estatísticas.  E isso, meu amigo, ganha o jogo.

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